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quinta-feira, junho 02, 2011

cheia no curoca





pedes-me um sonho
e eu dou-te um rio
onde o mar se comprime e desagua:

eram as águas sugadas pelo areal ouguento,
o seu uno amante penetrou-lhe o veio
e sublimaram-se.

pedes-me um quadro
e eu dou-te um leito
inchado pela gravidez das águas:

masabuluka era a menha misturada pelo amor,
mar e rio formaram um oceano novo
e descansaram.




e um rosado manto tingiu-lhes o rosto
quando os flamingos vieram em bando
poisar nas margens dos seus braços.


admário costa lindo, “Solaris, o oitavo mar”

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